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Redução de perdas na rede de água: inteligência e lucratividade

A redução de perdas de água e água não-faturada foram os principais temas abordados por Mário Baggio, sócio-diretor do Grupo HWater, convidado da Hidrogeron para a série de lives “Saneamento em pauta”, que acontece toda quarta-feira, às 19h. 

Baggio, que já foi diretor da Sanepar, e hoje atua na educação à distância, ciência de dados sobre a água e soluções de problemas de perda de água, apresentou um cenário com riqueza de dados e apontou para soluções deste que é um grave problema brasileiro de desperdício de recursos naturais e econômicos.  “É importante controlar perdas para que sejamos mais justos socialmente, ambientalmente responsáveis e para que façamos economia, reduzindo custos e aumentando receitas, para que possamos universalizar os serviços de abastecimento” diz o engenheiro.

Imprecisão na medição. 

Baggio discorreu sobre a importância dos indicadores utilizados para medir o desempenho dos sistemas. Para ele, o ILI é o melhor indicador que se utiliza no planeta pois é o único que inclui a pressão. 

A medição de perdas reais no Brasil ainda é uma questão de interpretação.  Segundo Baggio “perdas reais são as perdas físicas de água, decorrente de vazamentos. Já as perdas aparentes são decorrentes da submedição dos hidrômetros, fraudes ou falhas no cadastro comercial. Ou seja, a água, neste caso, é consumida mas não é faturada”. No Brasil só se considera esses dois tipos de perda, explica Baggio, no entanto, a Europa utiliza o indicador ANF (Água não-faturada), que constitui na medição das perdas somada ao consumo autorizado não faturado.

Um absurdo chamado ramal domiciliar

Números do desperdício apresentados por Mário causaram espanto nos espectadores:  

“Do total da água que vaza, 30% acontece na rede de distribuição e, pasmem, 70% vaza no pequeno trecho chamado ramal domiciliar, entre a rede de distribuição e o cavalete” Mario Bággio.

“Estrategicamente falando é importante dar este “zoom” para avaliar sobre a importância deste trecho. Ali acontece nossa pior engenharia, são usadas as piores conexões, as valas são rasas e as escavações malfeitas. E isso redunda em um cenário de perdas sem precedentes”, avalia Mário Baggio.

Estratégia, execução, planos de metas, monitoramento. São os instrumentos indispensáveis para o sucesso na redução das perdas para Baggio:. “A falta de método é o grande problema. É necessária a maior padronização possível”, pondera.

Se, por um lado, as perdas aumentam a pegada hídrica (capta-se cada vez mais e vende-se cada vez menos), a pegada energética (bombeia-se mais e gasta-se mais) e a pegada de carbono (capta-se mais água e utiliza-se mais produtos químicos), o controle de perdas pode virar o jogo. 

Baggio apresentou um estudo da Unisinos que demonstram que uma boa estratégia de redução de perdas pode aumentar a receita em 9% e reduzir drasticamente os custos, como, por exemplo, com energia. Neste quesito pode-se atingir uma redução de até 75% nos custos. O estudo ainda aponta que é possível que uma empresa distribuidora de água possa aumentar seus lucros entre 50 e 80% controlando suas perdas. Assista ao vídeo com a apresentação completa de Mario Baggio:

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