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Salto do Itararé recebe moderna ETE de lodo ativado Hidrogeron

A universalização do saneamento básico no Brasil não é apenas um processo que visa a ampliação deste serviços. É preciso também melhorar a eficiência dos processos que já existem.  Seguindo essas premissas, a Sanepar colocou em operação mais um moderno sistema de tratamento de esgoto por lodos ativados, em Salto do Itararé e Santana do Itararé (PR), desenvolvido e implantado pela Hidrogeron.

 Sua estrutura é sofisticada e ao mesmo tempo robusta, operando de forma automática sob o comando de tecnologias de ponta exclusivamente desenvolvidas para a operação da ETE (estação de tratamento de Esgoto).

A Sanepar adotou a tecnologia para obter melhores níveis de demanda biológica de oxigênio (DBO) e química (DQO) no efluente devolvido ao rio. 

“É um molde mais rápido de ser construído e um sistema de boa qualidade, principalmente no que se refere à ao efluente que a gente devolve para o rio. Cada vez mais os órgãos ambientais são mais rígidos quanto à qualidade desses efluentes. Com o sistema de lodos ativados nós temos condições de atender a essas exigências” explica Francisco José Messias da Silva, coordenador da Regional da Sanepar de Santo Antônio da Platina, responsável pelo saneamento de cerca de 20 municípios. 

Outro objetivo da Sanepar é a preparação para que a cidade tenha estrutura para universalizar o saneamento básico. Com boa cobertura diante da média nacional (cerca de 70% do esgoto da cidade é tratado atualmente), o novo sistema foi projetado para receber mais ligações de esgoto e uma vazão maior de efluentes domésticos e industriais.

Estação de Tratamento de Esgoto por lodo ativado construída pela Hidrogeron.

Rio Itararé

 

O Rio Itararé é que recebe esse efluente depois de tratado.  Ele nasce ao sul do estado de São Paulo e segue em direção ao interior do país, definindo boa parte da divisa deste com o estado do Paraná.  Percorre quase duas dezenas de municípios até formar o grande lago da represa de Xavantes, e posteriormente se juntar ao Rio Paranapanema. 

Salto do Itararé é o último município que o rio Itararé margeia. Depois disso, abre-se sua generosa foz, ainda dentro dos limites municipais. Salto do Itararé possui uma responsabilidade especial em devolver ao rio efluentes de ótima qualidade, mantendo o gigantesco lago (e toda a vida que depende dele, inclusive a população de Salto) o mais saudável possível.

 

Sistema de lodo ativado 

 

O sistema de lodos ativados é amplamente utilizado no planeta, principalmente em países mais desenvolvidos. É ideal para as cidades que tem pouco espaço físico para abrigar a ETE e grande vazão de efluentes.  O maior de todos os benefícios, no entanto, é a qualidade final do efluente a ser lançado no corpo receptor. 

O material sólido formado durante o tratamento de esgoto é chamado de “lodo”, que nada mais é que uma biomassa formada por microrganismos como bactérias que consomem a matéria orgânica presente no esgoto. 

Neste processo, chamado de hidrólise, as bactérias lançam uma enzima digestiva e absorvem a carga orgânica na presença de oxigênio dissolvido (por isso são chamadas de bactérias aeróbias), quebrando estruturas de carbono e devolvendo a água e gás carbônico, por exemplo. elas vão se aglutinando, gerando flocos biológicos e depois de decantadas e adensadas, são enviadas aos leitos de secagem.

Equipe da Sanepar recebe treinamento operacional da Hidrogeron na ETE de Salto do Itararé, no Paraná. 

Estação construída pela Hidrogeron

No caso da Estação de Tratamento de Salto do Itararé, o esgoto que chega passa por um removedor de sólidos grosseiros e um desarenador. Então segue para um RALF (Reator Anaeróbio de Lodo Fluidizado) que realiza o tratamento preliminar (com bactérias que não precisam de oxigênio dissolvido no processo).

A partir daí o efluente entra na estação de lodos ativados Hidrogeron (toda construída em inox) por elevatórias que o conduzem ao tanque de aeração, por meio de duas bombas submersíveis integradas. No fundo do tanque existem dois aeradores que geram bolhas médias de oxigênio e as misturam com o líquido permitindo o desenvolvimento das bactérias aeróbias que irão consumir a carga orgânica e gerar flocos biológicos.

Um segundo tanque chamado de decantador secundário separa o sólido do líquido. Parte do lodo volta ao tanque anterior para aumentar a quantidade de bactérias. Outra parte é retirada por meio de bombas extratoras e lançada no adensador de lodo, cuja função é concentrar essa massa, que será finalmente depositada nos leitos de secagem já existentes na ETE.

Os resultados dos testes dos laboratórios da Sanepar apontam que amostras colhidas na ETE de Salto do Itararé, em 26 de julho, apontam que os níveis de DQO do efluente lançado no corpo receptor era de 105 mg/l, enquanto a expectativa era de 225 mg/l. Ou seja, o sistema obteve um resultado mais de 2 vezes melhor que o esperado. Já o DBO obteve um resultado (35 mg/l) 2 vezes menor que o limite máximo (70 mg/l).  

Quadro de comando

A ETE da Hidrogeron foi projetada para trabalhar sempre no modo de operação remoto, o que quer dizer que o CLP(Controlador Lógico Programável)  recebe, processa, registra e comanda todos os componentes elétricos e eletrônicos que interferem diretamente em tudo o que está acontecendo nos processos da estação. Uma vez parametrizado, memoriza as rotinas e as mantém, até que o operador faça alterações.

O quadro de comando da estação contém 6 portas e contempla o quadro de distribuição de luz e força (QDLF) e o quadro de automação (QA). O quadro de automação possui painéis que podem controlar automaticamente ou manualmente os sistemas mecânicos da ETE além de inúmeras funções de análises, como a do nível de oxigênio no efluente, por exemplo, em tempo real.

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