As empresas de fornecimento de água e indústrias têm até maio de 2022 para se adaptar de acordo com aquela que, segundo a professora e pesquisadora Weruska Brasilero, é a grande novidade da Portaria 888/2021: A atenção ao controle e tratamento de esporos de bactérias aeróbias (EBA). Ela foi convidada pela Hidrogeron para falar sobre as alterações que o documento trouxe para o cenário do saneamento básico brasileiro.
No trecho da live que você pode encontrar ao final deste texto, Profª Weruska fala detalhadamente sobre o assunto, e por que ele é tão importante:
“Todas as bactérias que têm a capacidade para a formação de esporos são muito mais difíceis de eliminar que as que não formam esporos. Elas são resistentes a doses maiores de desinfetantes e tem uma resistência semelhante à dos protozoários”. – Weruska Brasileiro.
Por isso, a pesquisadora avalia como um grande avanço a exigência de controle sobre os EBAs estabelecido pela nova portaria. “Quando temos uma boa remoção de esporos de bactérias aeróbias podemos garantir também que está acontecendo a remoção de protozoários da água” explica Weruska, que aponta que na portaria anterior as análises eram feitas em cima de cistos de giardia e de Cryptosporidium encontrados na água, porém a análise destes é muito mais complicada, cara e demorada que a análise dos EBAs: “Em nosso laboratório na Universidade (UEPB), eu e os alunos chegamos a fazer mais de 200 testes de EBA em um dia”.
A Portaria 888/2021 exige que sejam trocados ou adaptados os sistemas de cloração e desinfecção para que, se a análise da água identificar um número igual ou superior a 10000 E.coli por 100 mL, a ETA reajuste suas dosagens e métodos, e então comece a avaliar, semanalmente, a eficiência de remoção por meio de monitoramento de esporos de bactérias aeróbias.
Quer saber mais detalhes sobre as principais mudanças da Nova Portaria 888/2021? Acesse o trecho da live com a professora e pesquisadora Weruska Brasileiro: