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 Você é refém do fornecimento de cloro comercial?

 Você é refém do fornecimento de cloro comercial?

O aumento exponencial no volume de cargas transportadas nas estradas mundo afora já era uma tendência mesmo antes da pandemia. Isso porque as vendas de produtos de lojas virtuais pela internet estão em franca ascensão na última década. Em cada venda efetuada, automaticamente um serviço de frete é contratado. Se a expansão do Covid-19 prejudicou em muito o desempenho de muitos serviços, acabou impulsionando outros, como o mercado de fretes, em função do isolamento social.

Mais fretes, mais tráfego, mais riscos

Um relatório da FreteBras, a maior plataforma on-line de transporte de cargas da América do Sul,  aponta para o crescimento de 62% no volume de fretes no país se comparado a 2019, quando ainda não existia a pandemia. A Associação Nacional de Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) informou que em fevereiro de 2021 houve um aumento de 18% na venda de caminhões comparando-se com o mesmo período do ano passado.  Porém, não há mais estoque destes veículos nas fábricas. 

Desta forma cria-se um dilema: se existe mais frete, existem mais caminhões e mais tráfego em um país marcado por gargalos na infraestrutura viária que apresenta-se saturada há décadas, item apontado como um dos vilões do “custo Brasil”. Se, no entanto, não existem peças para a fabricação de novos caminhões, falta transporte e, pela regra geral de mercado, o preço do frete sobe (o que já está acontecendo por outro grande problema que tem afligido motoristas e transportadoras: o aumento expressivo do preço dos combustíveis).

A expansão do mercado de fretes faz com que, estatisticamente, aumentem também  os riscos inerentes à atividade: acidentes, vazamentos, congestionamentos, roubo de carga. E isso tudo pode significar aumento inesperado dos custos de insumos e da produção como um todo, ou até a paralisação das suas atividades por falta de matéria prima.

Impacto da pandemia na cadeia global de abastecimento

Outro setor que também experimentou considerável crescimento em 2020 foi a indústria alimentícia. Em comparação a 2019, houve um aumento de 12,8% no faturamento, somando mais de R$ 790 bilhões entre exportações e vendas para o mercado interno, segundo relatório da ABIA (Associação Brasileira da Indústria de Alimentos). 

Entre os impactos da pandemia no sistema produtivo brasileiro, o mais difícil de equacionar é esse desequilíbrio entre rápido aumento na produção de alguns produtos, como no caso dos alimentos industrializados, e a crise de produção de tantos outros. Isso afeta a produção nacional de formas diferentes, pois é preciso mensurar os efeitos que se criam em cada região específica. 

A odisséia do cloro gás nas estradas

Quem depende do mercado tradicional de cloro está refém dos fatores já citados neste artigo. Muitas indústrias ou estações de tratamento de água ficam distantes dos polos produtores que fornecem  cloro. A companhia Águas de Teresina, por exemplo, utilizava gás cloro e depois passou a usar hipoclorito de sódio comercial na cloração do sistema de tratamento de água da cidade. O hipoclorito comercial com concentração de 12% saía da fábrica em São Paulo e percorria mais de 2.600 km para chegar ao seu destino, ou seja, o produto ficava mais de 40 horas rodando, inevitavelmente, enfrentando altas temperaturas. Neste caso, quando o hipoclorito chegava ao seu destino já não tinha mais a concentração com a qual saiu da fábrica.  Por causa do calor da incidência solar sobre o caminhão e pela a degradação natural do hipoclorito de sódio seu armazenamento por longos períodos não é recomendável (e isso, por sua vez, exige mais fretes).

Maior independência na produção de cloro

O sistema de produção de cloro in loco da Hidrogeron utiliza apenas três insumos: a água, eletricidade e sal de cozinha (cloreto de sódio). E isso representa maior independência na produção de cloro. Evidentemente o sal também precisa de transporte, mas suas vantagens sobre a comercialização do cloro pronto são enormes. Primeiro porque o sal é um insumo abundante e barato. Segundo, porque o sal de cozinha (um conservante de alimentos em si)  pode ficar armazenado por até cinco anos sem perder suas propriedades, permitindo assim uma significativa redução nos fretes.  A indústria alimentícia geralmente já utiliza esse insumo no processo produtivo, o que facilita a logística em relação à aquisição de sal. A terceira grande vantagem é que a geração de cloro in loco elimina os riscos de passivos ambientais, sociais e trabalhistas relativos ao transporte e manuseio de cloro.

Talvez nem fosse necessário dizer diante do óbvio: o custo do cloro a ser utilizado cai consideravelmente quando ele é fabricado pela própria indústria que vai utilizá-lo.

 O quanto você está refém das condições instáveis de fornecimento de cloro?

Essa análise é fundamental, pois, “dependência”, neste contexto, significa estar à mercê da oscilação nos custos de frete, imprevistos na entrega, falta de controle quanto ao teor de cloro ativo do produto adquirido, riscos aos operadores e, talvez o pior: a paralisação da produção por falta de água clorada dentro das exigências do SIF. 

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