O Journal of Environmental Chemical Engineering (Jornal de Engenharia Química Ambiental), uma importante publicação científica acaba de publicar o estudo “Efeito dos cianuratos clorados na formação de subprodutos de desinfecção na produção de água de reuso a partir de efluentes sanitários secundários”. O material faz uma comparação na geração de subprodutos nos processos de cloração entre a solução oxidante gerada pela tecnologia Hidrogeron (hipoclorito de sódio) e os cianuratos clorados, como o dicloroisocianurato de sódio (NaDCC) e o ácido tricloroisocianúrico (TCCA).
A pesquisa foi desenvolvida em uma parceria entre o Programa de Pós- Graduação da Universidade de Ribeirão Preto, o Cursod e Engenharia Química da Universidade de Ribeirão Preto, a empresa Hidrosan e o Centre for Regenerative design and Engineering for a NEt positive World (RENEW), University of Bath (Inglaterra). Leia alguns trechos da conclusão:
“Neste trabalho, o desempenho do NaDCC e do TCCA foi comparado com o hipoclorito de sódio (NaClO)(…)
(…) Os cianuratos clorados NaDCC e TCCA têm sido amplamente utilizados para desinfectar água potável para consumo humano e recreação, mas as informações sobre seu uso e efeitos na desinfecção de efluentes secundários para aplicações de reuso não potável ainda são limitadas. Este estudo constatou que o uso de NaDCC e TCCA para cloração até o ponto de quebra resultou em altas concentrações de DPBs, incluindo clorofórmio (635,2 µg/L e 440,1 µg/L), bromodicloro-metano (53,6 µg/L e 33,9 µg/L), hidrato de cloral (363,4 µg/L e 308,2 µg/L) e 1,1,1-tricloropropanona (89,0 µg/L e 142,2 µg/L). A maioria desses compostos está na lista da EPA de possíveis ou prováveis carcinógenos. Os valores são significativamente mais altos do que aqueles produzidos por NaClO em solução ou eletrólise, bem como os valores médios reportados na literatura. Como resultado, o uso desses cianuratos não é recomendado para o tratamento de efluentes secundários com altos níveis de matéria orgânica, como os provenientes do municipal (…)
(…)Nossos resultados indicam que o NaClO-e é benéfico para desinfetar efluentes secundários e produzir água recuperada. O NaClO-e, um desinfetante simples e seguro produzido no local de tratamento, não adiciona conteúdo de carbono orgânico ao meio nem produz altos níveis de subprodutos de desinfecção (DBPs), ao contrário dos cianuratos clorados.”
