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Centenas de moléculas complexas são criadas a cada ano e vão parar nas águas

Durante a Semana da Água, evento de lives promovida pela Hidrogeron, o engenheiro sanitarista Eduardo Pacheco voltou a alertar sobre os riscos das moléculas complexas nas águas de rejeito. Em outra ocasião, Pacheco já havia revelado que a cada ano mais de 3 mil novas moléculas são criadas, como resultado da elaboração de novos fármacos, conservantes, tinturas e agrotóxicos.

“São criadas moléculas cada vez mais complexas e resistentes, e cabe a nós, que tratamos águas e efluentes, quebrar isso. Quem produz não se preocupa com isso. As moléculas de um pesticida, por exemplo, são assustadoras”. – Eduardo Pacheco, sócio proprietário da SUD América Engenharia e Consultoria. 

Uma das maiores empresas de fármacos do planeta anuncia em seu relatório de sustentabilidade a criação de 64 novas moléculas complexas e que tem 66 novas pesquisas em andamento. Obviamente não significa que todas as moléculas complexas sejam nocivas para a população, no entanto, quando o são, seu tratamento (ou sua quebra) é muito complicado, e, não raro, completamente ineficientes. 

Pacheco ainda lembra que os objetivos podem ser nobres, como a criação de fármacos, ou apenas visam mais lucro. Mas de um jeito ou de outro, essas moléculas vão chegar tanto às águas de esgoto quanto à água para o abastecimento humano. “A membrana de ultrafiltração (nas ETAs), por exemplo, não muda quimicamente a água. Ela faz uma separação física mas a molécula complexa continua no rejeito. Só podemos desmontar essas  moléculas por quebra química” apontou.

A solução, para o engenheiro, é a aplicação de múltiplas tecnologias de desinfecção que possuam alto poder de oxidação:  “Uma oxidação forte faz uma reestruturação das moléculas para que elas fiquem mais simples e deixem de ser perigosas”, explica e aponta a solução: “Eu recomendo que as empresas utilizem tecnologias de UV (ultravioleta)  ou Ozônio associadas ao produto (cloro) que a Hidrogeron produz, para criar esse radical hidroxila que  tem um poder oxidante muito forte. Assim, vamos conseguindo uma coisa importante que é a quebra da molécula complexa”.

Assista ao trecho da apresentação de Eduardo Pacheco no canal do Youtube da Hidrogeron:

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