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Amapá: uma nova história para o saneamento básico

Localizada no delta do rio Amazonas, Macapá assiste da sua agradável orla a passagem do maior volume de água do mundo em direção ao Atlântico.  Mas mesmo tendo diante de si esse mundo de água, a capital deste estado do extremo norte brasileiro tinha problemas com o abastecimento de água potável: mais de 65% da população amapaense não tem acesso à água tratada, servindo-se de poços caseiros, quase todos contaminados, ou retirando as águas dos mesmo rios onde são despejados os esgotos domésticos sem tratamento.

Um dos estados mais isolados do país, o Amapá se vê distante dos grandes centros produtores do Brasil e por muitas décadas sofreu com o “esquecimento” dos planos de desenvolvimento nacionais. A precariedade da infraestrutura no saneamento básico pode ser observada em números dramáticos: até 2019 o Amapá era o estado com o maior índice de mortalidade infantil dentre as unidades federativas do Brasil. Enquanto a média nacional era de 13,3 mortes para cada 1.000 nascidos vivos, a taxa do Amapá era de 22,9 mortes. 

Grande parte destes óbitos foram causados por doenças de veiculação hídrica, principalmente febre tifóide e doença diarréica aguda (DDA), segundo o Instituto Federal do Amapá, que ainda registra que ao menos 6% dos amapaenses já sofreram com doenças transmitidas pela água.

Equipe técnica da Hidrogeron dando treinamento aos operadores da CSA em Laranjal do Jari

CSA um divisor de águas 

 

Em 2022, a Concessionária de Saneamento do Amapá (CSA) assumiu os serviços de tratamento de água e esgoto do Estado por 35 anos e começou a redesenhar toda uma sociedade, marcada por décadas de descaso.  Para isso,  a CSA está investindo pesado em obras e tecnologias sustentáveis, duradouras e eficientes com o objetivo de colocar definitivamente o Amapá em um novo patamar  de desenvolvimento. A expressão “divisor de águas” é literal, neste caso: separa-se o passado de água contaminada, do futuro, no qual se pretende levar água potável a 99% da população até 2033.

Gerador de cloro in loco Hidrogeron instalado na ETA de Mazagão (AP)

 Geração de cloro in loco

 

Dentre as ações de destaque neste momento de modernização de todo o sistema está a implantação de geradores de cloro in loco da marca Hidrogeron, que já foram instalados em estações de tratamento de água de quatro das principais cidades do estado: a capital Macapá, Santana, Mazagão e Laranjal do Jari. A CSA projeta novos investimentos não só no tratamento de água, mas na coleta e tratamento de esgotos em mais 12 municípios além dos citados, atendendo, ao todo, mais de 750 mil pessoas.

Gerador de cloro in loco Hidrogeron instalado na ETA de Laranjal do Jari (AP)

 Distância dos grandes centros e outros problemas resolvidos pela tecnologia Hidrogeron

 

A distância dos grandes centros fabricantes de produtos utilizados no tratamento realizado nas estações de tratamento da capital e região metropolitana era um dos problemas, principalmente no que se refere ao cloro usado para a desinfecção das águas, que possuem um grande volume de matéria orgânica que é arrastada ao longo do maior rio do planeta, que antes de desembocar no Atlântico costeia toda a face leste do Amapá.

Atrasos nas entregas, custos de frete, custos de manutenção dos equipamentos, falta de mão-de-obra especializada são problemas comuns às cidades mais afastadas dos principais centros industriais do país. E manter a água distribuída dentro dos padrões de potabilidade exigidos era um imenso desafio que contava com outros obstáculos: A rápida deterioração do cloro comercial armazenado, o risco ao operadores em manipular o sistema que utiliza cilindros de 900 kg de gás cloro (que era o sistema utilizado anteriormente), a falta de pessoal treinado para operar tecnologias complexas e manuais, e ainda a constante alta dos preços do cloro comercial.

A adoção de equipamentos que geram o cloro que será utilizado nas próprias ETAs por meio da eletrólise da salmoura permite muito mais independência na geração do principal produto de desinfecção de águas. Isso porque utiliza como insumos apenas o sal, a eletricidade e a água. A excelente estabilidade do cloro residual livre em ponta de rede também foi um fator decisivo para a escolha da tecnologia, que, tendo análise e dosagem automatizada é de fácil operação eliminando também o problema de falta de mão-de-obra altamente especializada exigida por sistemas complexos.



Curiosidades:

 

A distância, em linha reta, entre o cliente Hidrogeron localizado mais ao norte do país (Macapá-AP) e mais ao sul (Santana do Livramento-RS) é de 3.469 km. De carro e barco, são 5.052 km.  

 

A distância em linha reta entre o cliente Hidrogeron localizado mais a oeste (Rio Branco-AC) do território nacional e mais ao leste (Fernando de Noronha-PE) é de 3.964 km, ou, 5.571 km de carro e barco.

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