O Brasil possui quase 3 milhões de piscinas, ficando atrás apenas dos Estados Unidos, segundo a ANAPP Associação Nacional das Empresas e Profissionais de Piscinas) que apresentou os dados Feira Internacional de Piscinas, Spas, Lazer e Wellness de 2018. Segundo a entidade, destas, cerca de 100 mil são piscinas comerciais, ou seja, clubes, parques aquáticos, academias, hotéis e resorts.
Como é muita água para a fiscalização, os banhistas precisam contar com a responsabilidade e eficiência dos proprietários desses estabelecimentos para garantir a saúde dos seus clientes, e a saúde do seu próprio negócio. Responsabilidade porque um dia apenas de água não protegida pode ocasionar um surto causado pela proliferação de um microorganismo. Eficiência porque a dosagem e aplicação feitas de forma imprecisa podem deixar a água desprotegida, ou com excesso de produtos químicos, o que igualmente pode trazer prejuízo à saúde dos banhistas (e ao estabelecimento).
Uma questão de saúde pública
É de conhecimento amplo que a água é um dos principais veículos de transmissão de doenças contagiosas e outros tipos de contaminações. No que se refere à piscina, cerca da metade dessas doenças são dermatológicas e a outra metade atinge os olhos, ouvidos, nariz, boca e sistema gástrico. Vão de situações de baixa gravidade como micoses e conjuntivite, até casos mais graves como diarréia e hepatite A.
A dose faz o veneno
Parafraseando Paracelso, a diferença entre o remédio e o veneno é a dose. Ou seja, em doses elevadas, a cloração começa a virar um problema em si, pois pode causar ardor nos olhos, irritação nas mucosas do nariz e até dificuldade para respirar. Problemas gastrointestinais também estão na lista dos banhistas que ingerem, mesmo que em pequenas quantidades, água com excesso de cloro. A situação se agrava para atletas ou frequentadores assíduos, pois os efeitos se acumulam e acentuam com o passar dos anos.
O que fazer para saber se a água está devidamente tratada?
Alguns sinais visuais já podem indicar que uma piscina recebe tratamento inadequado. É importante lembrar que água turva ou esverdeada é um alerta de inconformidade da água, pois essa característica indica excesso de carga orgânica e proliferação de microorganismos. Porém, mesmo a água com aspecto cristalino pode esconder vilões da saúde do banhista.
Azulejos pegajosos ou escorregadios dentro da piscina é outro sintoma de que o tratamento da água não está correto, pois esse lodo abriga bactérias, como a Legionella, por exemplo.
O mais importante de tudo: saber como o estabelecimento trata a água utilizada em suas piscinas e atrações, e como ele pode garantir ao usuário que a água esteja sempre dentro dos parâmetros estabelecidos por lei.
Existem métodos diferentes de cloração?
Sim, o mais utilizado deles prefaz uma cena que o leitor deve conhecer: o “piscineiro” se aproxima da borda da piscina com um balde na mão e lança os produtos na água, misturando-os manualmente. Neste caso, a piscina precisa ser fechada aos banhistas por, pelo menos 1 hora até que o cloro se dilua, encontrando-se em quantidade segura para que não haja irritações na pele e mucosas.
Por mais esforçado e responsável que seja o funcionário que trata as piscinas, é difícil acreditar que essas dosagens sejam sempre corretas, uma vez que são feitas manualmente e nem sempre tendo à disposição os equipamentos de medição recomendados. No mais, há um raciocínio simples, para qualquer leigo no assunto, que pode ser aplicado nestes casos: se o cloro dilui-se na água e uma hora depois de ser lançado já perdeu sua força ao ponto de permitir a entrada de banhistas, então significa que esse cloro continuou perdendo seu residual e dentro de algumas horas, terá se extinguido da água.
Aí, tem-se aquela água turva, que não é nada normal, embora muitos tenham se acostumado com essa condição. A solução para estes casos é a dosagem automática, que injeta cloro líquido na piscina de forma constante e em quantidades menores. Assim, não há os inconvenientes do excesso de cloro, a água fica segura e com água cristalina, não importando o volume de banhistas, do amanhecer ao anoitecer, sem que a piscina precise ser fechada. Como a dosagem é controlada milimetricamente, invariavelmente acontece a redução de aplicação de produtos.
A solução oxidante produzida pelo gerador de cloro Hidrogeron também dispensa, muitas vezes, a utilização de outros produtos como clarificante, algicida (uma vez que, uma piscina desinfectada 24 horas por dia não permite a proliferação de microorganismos, como as algas) e estabilizador de ph.