Quais são os métodos de desinfecção mais eficientes no tratamento de água?
Uma das principais preocupações dos órgãos reguladores de água ou de saúde está na qualidade da água. A preocupação tem razão de existir já que, segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), 60% da população mundial recebe água de maneira precária – ou seja, sem condições básicas para uso sem riscos para os usuários.
Soma-se isto a outro dado alarmante: cerca de 80% das doenças espalhadas pelo mundo têm alguma relação ou são atribuídas diretamente ao consumo de água sem padrões de potabilidade (dados também fornecidos pela OMS). Esses dois fatores alertam para a importância de ter a água bem tratada, isenta de fatores que possam causar problemas à saúde.
Por melhor que sejam as condições climáticas, é impossível encontrar “água pura” em qualquer canto do planeta. Isto acontece porque mesmo que a fonte de água esteja em um ambiente muito limpo, sempre haverá a existência de gases e compostos (orgânicos ou inorgânicos) interagindo com o líquido e afetando na sua pureza. Além disso, a água muitas vezes é o habitat natural de alguns seres vivos e de acordo com a proporção de limpeza que ela está, mais convidativa passa a ser para que esses seres vivos optem por viver nela.
Características da água
Justamente pelos impactos da natureza e pela impossibilidade de manter-se em estado puro, a água pode ser classificada em função de algumas características que mudará a cada local em que for encontrada. Basicamente, essas características podem ser divididas entre organolépticas (aquelas possíveis de percepção pelos seres humanos) e físico-químicas.
Naturalmente, as características organolépticas são mais fáceis de serem percebidas, sendo a cor a principal deles. A cor é um exemplo de outras tantas características organolépticas. Assim também podem ser classificadas quanto a sua turvação, cheiro ou mesmo o sabor.
Já as características físico-químicas não são tão facilmente percebidas, sendo necessárias análises laboratoriais. Existem infinitas propriedades possíveis de analisar na constituição da água.
Independente das características e justamente por estar sempre exposta ao meio ambiente a maioria das fontes de água é imprópria para consumo. Isto pode acontecer em função de materiais ou mesmo microrganismos presentes, e que podem causar doenças.
Desinfecção tratamento da água
Por estas razões é necessário que aconteça o tratamento da água antes do seu consumo, seja em residência ou em indústria/comércio. Assim, surgiram as Estações de Tratamento de Água (ETA), locais onde a água passa por todos os processos necessários para ser purificada e tornar-se própria para consumo e utilização, sem maiores danos ou efeitos colaterais.
Nestes locais, a água passará por etapas de limpeza que se inicia com filtro para eliminação de grandes resíduos e recebe a adição de produtos químicos que ajudem na eliminação das pequenas moléculas e partículas de sujeira que escaparam ao primeiro filtro. E aqui reside uma grande discussão sobre o seu tratamento: o produto a ser utilizado na limpeza.
O cloro no tratamento de água
Grande parte das ETA’s utiliza do cloro na etapa desinfecção. A chamada “cloração” ou desinfecção da água com cloro, é uma técnica vem de longa data.
Desde antes de 1900, já se usava cloro na desinfecção da água. A diferença é que, no princípio, ele era utilizado apenas em áreas que encontravam-se com algum tipo de epidemia que poderia ser transmitida. A partir de 1902, na Bélgica, seu uso passou a ser contínuo e assim segue até os dias atuais.
O cloro tem grande capacidade de oxidação de microrganismos que estão presentes na água. Essa propriedade advém das rápidas reações proporcionadas a partir da sua adição à água. Essa combinação traz a seguinte reação química:
Cl + H2O → HOCl + H+ + Cl-
A reação acima traz o que acontece com a adição do cloro, ou seja, a formação do ácido hipocloroso, além de moléculas de hidrogênio (H) e cloro residual (Cl). O ácido hipocloroso tem ação desinfetante e ajuda a eliminar eventuais microrganismos que permaneçam vivos na água, tornando-a realmente limpa. Ele rapidamente se dissocia em moléculas individuais, equilibrando-se com o hidrogênio.
Cloro residual
O cloro residual é de suma importância na água distribuída na rede, porém deve enquadrar-se em parâmetros de teores mínimo e máximo. Ele é formado pelo excesso em relação ao meio em que está sendo inserido. Cloro residual é aquele cloro que foi adicionado em excesso para realizar sua função oxidativa e ainda “sobrar”, afim de manter um residual de segurança. O excesso de cloro na rede é agressivo ao corpo humano, bem como a ausência de cloro pode ser considerado um fator de risco para proliferação de contaminantes.
Opções disponíveis à cloração:
Cloro gás liquefeito
• Concentração 100%, armazenado e transportado em cilindros. Oferece alto risco de intoxicação ou morte em caso de vazamento;
• Responsabilidade civil do gestor, desde a expedição, transporte até total utilização;
• Comumente necessita maior aplicação ou pontos de recloração para obter residual em ponta de rede em caso de longas distâncias;
Hipoclorito de sódio comercial
• Concentração de 10 a 12%;
• Transportado em tanques ou bombonas plásticas, possui baixa estabilidade e tem perda de teor, devendo ser utilizado em curto espaço de tempo, ainda que com devidos cuidados no transporte e armazenamento;
• Incerteza sobre o teor do hipoclorito armazenado e aplicado;
• Dificuldade em obter residual em ponta de rede;
Hipoclorito de cálcio granulado e pastilha
• Obtido através da incorporação de hidróxido de cálcio com cloro, tem a concentração de 65%.
• Operacionalmente é um produto de grande dificuldade de diluição e controle de aplicação, comprometendo o teor residual;
• Apresenta frequentes quadros de entupimento do sistema de dosagem;
• Alto custo;
Geradores in loco como opção de cloração
A mudança de pensamento que o mundo vem recebendo ao longo do tempo tem questionado alguns dogmas dados como certos nos tempos passados. Há ainda um enfrentamento maior das questões ambientais e sociais. O cloro é um desses casos.
A cloração, sendo obrigatória conforme legislação brasileira, vem sendo tratada com mais cautela pelos gestores. Que passam a ver quão importante é esta fase do processo. O gerador de solução oxidante in loco se apresenta como uma alternativa tecnicamente eficiente e financeiramente viável, substitui com SUPERIORIDADE os métodos tradicionais de cloração, como Cloro Gás, Hipoclorito de Sódio Comercial e Hipoclorito de Cálcio, além de outras vantagens.
Nos geradores de solução oxidante in loco (geradores de cloro), a produção e aplicação são automatizadas, com teores estáveis e absolutamente seguros. A tecnologia utiliza o princípio da eletrólise da salmoura, conforme figura abaixo:
Simples e eficiente para o usuário e operador, mas complexo para fornecedores. Os sistemas de produção de hipoclorito in loco não são simplesmente fazer a eletrólise, requerem parceiros confiáveis e de profundo conhecimento técnico. É indispensável expertise de aplicações no saneamento, além de suporte técnico e componentes e eletrodos de qualidade assegurada.
Síntese
O quadro comparativo abaixo mostra a relação de benefícios de cada método de cloração:
Agora que você entende sobre os métodos de desinfeção e benefícios de cada um, que tal continuar aprendendo sobre gerador de cloro? Nesse e-book, elaboramos um guia sobre os benefícios do gerador de cloro in loco, uma tecnologia que tem trazido resultados técnico-operacionais e financeiros em milhares de sistemas. Confira!
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